Ambientado no Rio de Janeiro de 1840, Conto de Escola é resultado das lembranças nada agradáveis de Pilar, seu narrador-protagonista,
em relação aos tempos de primário.
O conto apresenta uma
linguagem simples, frases curtas, mas de grande impacto, apresentando antíteses,
paradoxos que fazem com que o conto ande, mostrando bem como Machado de Assis
procurava entender a alma humana e como as relações humanas interferem na essência
e na aparência.
Já no primeiro parágrafo encontramos o
personagem tentado a faltar à aula para “brincar a manhã” no morro de S.
Diogo ou no campo de Sant´Anna. A lembrança da “sova de vara de
marmeleiro”, que recebera pelo mesmo motivo na semana anterior, o fez
desistir do “sueto” e rumar para a escola. O narrador, porém, deixa claro
que este era o único motivo que o fazia optar pelo colégio e explica: “Não
era um menino de virtudes”
O personagem tem sua lição de vida, através da corrupção e da delação,
recebendo seu castigo e levando-o a reflexão e ao arrependimento, mas deixando
bem claro que “cada um tem seu preço”, que o ser humano sempre acaba se
vendendo.
São suas memórias de infância que serão narradas no
conto.
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